História

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História da UEM

A história da União Espírita Mineira é simples, mas sempre contou com a participação de notáveis companheiros que honraram a sua memória.

Em 1902, o Dr. Teixeira de Magalhães, cheio de fervor e desejo de disseminar a luz, resolveu fazer algumas sessões em sua residência, localizada na Avenida Carandaí, em Belo Horizonte. Faziam parte desse grupo: Dr. Antônio Teixeira Duarte, Modesto Lacerda, Dª. Felicíssima Teixeira, o médium Manuel Felipe Santiago e o mais antigo dos espíritas da região, Joaquim Menezes.

No dia 03 de abril de 1903, desencarna o Dr. Teixeira de Magalhães e, assim, as reuniões particulares são suspensas. Mas, o abnegado Joaquim Menezes - juntamente com o mesmo grupo e acrescido de novos e entusiasmados integrantes, entre os quais se destacava Antônio Lima - lembrou-se de fundar uma associação espírita, a primeira da Capital Mineira, com o título de União Espírita de Belo Horizonte.

Essa associação teve sua fundação em 01 de outubro de 1904, e seus estatutos foram assinados pelo seu idealizador. Compunham o corpo diretivo os senhores: Arthur Quites (Presidente), Turiano Pereira (Vice-Presidente), Manoel Bento Alves (Secretário), Oscar Pereira (Tesoureiro) e Antônio Gomes da Silva (Procurador).

Em 24 de junho de 1908, os espíritas (que comporiam a primeira Diretoria da UEM e residentes em Belo Horizonte e suas imediações) reunidos, ao meio dia, na casa de Modestino Elisano D’Arnide, na Rua dos Caetés, esquina de Avenida São Francisco (atual Av. Olegário Maciel), decidem fundar uma sociedade para propaganda ostensiva e estudo teórico e prático da Doutrina Espírita, sob a denominação de Federação Espírita Mineira, à qual poderiam filiar-se todos os agrupamentos existentes no Estado.

Na ocasião, os delegados das agremiações espíritas reunidos ali, resolvem, ainda, adotar o programa Bases da Organização Espírita, aprovado em 01 de outubro de 1904 pela Federação Espírita Brasileira (FEB).

DE FEDERAÇÃO A UNIÃO

Com a fundação, a Federação Espírita Mineira encampou a União Espírita de Belo Horizonte em 09 de julho de 1908, e mudou de nome para União Espírita Mineira (UEM). Consta ainda que, segundo as atas das reuniões, em 05 de julho de 1908, 24 confrades reuniram-se na casa da Rua dos Caetés, sob a presidência de Antônio Lima, além de outros 26 irmãos, resultando a fundação da Federação Espírita Mineira. Embora as atas tenham outras datas, a deliberação para a fundação da entidade foi a 24 de junho de 1908, e é tida como a data oficial de sua criação.

Na mesma data, foram criados o jornal “O Espírita Mineiro” - que teve o primeiro número publicado em 01 de agosto de 1908 e que, inicialmente, circulou com tiragens mensais - e a Livraria Espírita para a venda de livros e folhetos - em especial, os editados pela FEB - que auxiliariam na propagação e difusão doutrinária.

Na Assembleia-Geral da recém-criada União Espírita Mineira, realizada em 05 de julho de 1908, os fundadores aprovaram o estatuto, inspirado no da FEB, e elegeram a primeira Diretoria, assim composta:  Antônio Lima (Presidente), Modestino D’Arnide (Vice-Presidente), Sidney Augusto Bicalho (1º Secretário), Aly Barbosa (2º Secretário), Joaquim Menezes (Procurador) e Alexandre Pereira Neto (Bibliotecário).

SEDES

A União Espírita Mineira funcionou em dois imóveis até fixar-se em sede definitiva. No início, instalou-se na casa de Modestino D’Arnide (Rua dos Caetés); depois, na Associação “Federação do Trabalho” (Rua Tupis). De lá, mudou-se em definitivo para a sede própria, na Rua Curitiba, 626 (numeração antiga).

Além dos integrantes da primeira Diretoria, são considerados fundadores da UEM: Raul Hanriot, Caetano Nece, Messias Antônio Caetano, Domingos Mecelli, Dr. Abílio Machado, Oswaldo Mucelli, Álvaro de Oliveira Quites, José Gonçalves de Mello e Gustavo de Mello, entre outros, totalizando 128 pessoas.

PRESIDENTES

Presidiram os destinos da União Espírita Mineira desde a sua fundação até os dias atuais:

1908 - 1913: Antônio Lima

1913 - 1914: Raul Hanriot

1914 - 1915: Silvestre Moreira 

1915 - 1917: Raul Hanriot

1917 - 1921: Antônio Augusto de Souza Paraíso

1921 - 1922: João Gomes

1922 - 1924: Joaquim José Borges

1924 - 1925: Abílio Machado

1925 - 1927: João Gomes

1927 - 1928: Austem Drumond

1928 - 1929: Ernesto Senra

1929 - 1934: Antônio Augusto de Souza Paraíso

1934 - 1935: J. R. Sette Câmara

1935 - 1936: Rodrigo Agnelo Antunes

1936 - 1937: Cícero Pereira

1937 - 1945: Rodrigo Agnelo Antunes

1945 - 1955: Camilo Rodrigues Chaves

1955 - 1962: Bady Elias Curi

1962 - 1995: Maria Philomena Aluotto Berutto

1996 - 2002: Pedro Valente da Cunha

2003 - 2007: Honório Onofre de Abreu

2007 - 2012: Marival Veloso de Matos

2013: Henrique Kemper Borges Junior

ABRIGO JESUS

Em 1938, na presidência de Rodrigo Agnelo Antunes, fundou-se o Abrigo Jesus, que foi inaugurado em 1947 e mantém suas atividades até hoje.

O PRECURSOR

Idealizado por diversos companheiros, educadores eméritos e entusiastas pela causa da educação, foi fundado o Colégio O Precursor, oficialmente, em 16 de outubro de 1954, na gestão do Dr. Camilo Rodrigues Chaves. O objetivo era suprir a ausência de conhecimentos existentes entre crianças e jovens, possibilitando-lhes, também, um conhecimento diferenciado, ou seja, em bases cristãs à luz da Doutrina Espírita.

O estabelecimento de ensino manteve-se por muitos anos, oportunizando a centenas de crianças e jovens uma educação de qualidade, oferecendo bolsas escolares com descontos para que todos tivessem a chance de se educar, melhorando, desta forma, sua condição moral e social.

Posteriormente, por motivo outros, o educandário interrompeu suas atividades escolares, mas ficou o exemplo de uma escola que realmente cumpriu seu objetivo: educar com amor e por amor.

Já a Mocidade Espírita O Precursor foi fundada em fevereiro de 1949, e é um dos grupos juvenis espíritas mais antigos de Belo Horizonte e Minas Gerais. Está estruturado, igualmente, à evangelização da criança, em bases coerentes com Jesus e Allan Kardec para a instrumentalização evangélica do jovem espírita. Assim, este se sente mais confiante, acolhido e instruído para estabelecer laços de fraternidade e servir à sociedade.

PACTO ÁUREO E UNIFICAÇÃO

Em 1948, a União Espírita Mineira participa do Congresso Brasileiro de Unificação Espírita; e, em 1949, do II Congresso Pan-Americano, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, à margem do Pan-Americano, realizou-se o Pacto Áureo, em 05 de outubro de 1949, com participação de todas as federativas espíritas do Brasil.

Com a instituição do Pacto e do esquema federativo pelo qual se rege o Movimento de Unificação do Espiritismo, é criado o Conselho Federativo Nacional (CFN), órgão unificador da Federação Espírita Brasileira, e constituído das entidades federativas estaduais.

Em Minas Gerais, foram realizados quatro Congressos Espíritas: em 1944, 1952, 1958 e 2008. No congresso de 1958, participantes do Movimento Espírita do nosso estado aprovaram o esquema unificacionista para Minas Gerais, seguindo os moldes traçados no Pacto Áureo a nível nacional.

Assim, em cumprimento à resolução do III Congresso Espírita Mineiro, é instalado o Conselho Federativo Espírita de Minas Gerais (COFEMG), órgão unificador da UEM, em 1964. Desde então, o COFEMG reúne-se anualmente em Belo Horizonte para tratar de assuntos relevantes ao Movimento Espírita mineiro.

Essa dinâmica tem muito contribuído para um melhor atendimento às regiões de Minas, pois aumenta os contatos e fortalece o Movimento Espírita, produzindo uma Unificação qualificada e estruturada no entendimento fraterno, fruto das visitas, troca de experiências, elaboração de cursos e reciclagem de atividades.

O COFEMG é formado por 25 regiões espíritas, os Conselhos Regionais Espíritas (CREs), que representam as várias regiões mineiras e o Movimento Espírita presente em cada uma. Saiba mais na página do COFEMG em nosso site.

ÁREAS

Para auxiliar, instruir e orientar o Movimento Espírita quanto à execução das atividades pertinentes à Doutrina, a União Espírita Mineira e o COFEMG criaram áreas de trabalho nas diversas frentes que constituem a lide na seara do Evangelho. A saber: Área de Atendimento Espiritual (AAE); Área de Comunicação Social Espírita (ACSE); Área de Esperanto (AESP); Área de Estudo do Evangelho de Jesus (AEEJ); Área de Estudo do Espiritismo (AEE); Área de Infância e Juventude (AIJ); Área de Orientação Mediúnica (AOM); Área de Promoção Social Espírita (APSE), e Secretaria Executiva.

Em 2002, a União Espírita Mineira transfere as atividades do COFEMG - antes desenvolvidas na Sede História, na Rua dos Guaranis - para o prédio da Avenida Olegário Maciel, região centro-sul de BH, tendo em vista a especificidade que a tarefa de Coordenação do Movimento Espírita em Minas Gerais necessita para se fortalecer.

Assim, foi instituída a Sede Federativa, além da Sede Histórica – onde, há mais de 70 anos, são desenvolvidos os trabalhos de assistência aos necessitados, promoção do estudo e Evangelho. Além da Livraria Espírita Mineira, que dispõe de centenas de títulos (entre livros, CDs e DVDs) com o intuito de propagar e disseminar a Doutrina dos Espíritos sob as bases de Jesus.